Pessoas com esquizofrenia podem ter uma vida autônoma?
A esquizofrenia é uma doença que em geral apresenta seus primeiros sinais e sintomas no final da adolescência ou início da fase adulta, entre 15-25 anos. É uma doença mental, crônica, que não tem cura, e que não tem uma causa específica.
Suspeita-se de esquizofrenia quando uma pessoa saudável começa a falar que está ouvido vozes ou que alguém está conspirando para, por exemplo, instalar um chip eletrônico em sua cabeça. São sintomas como estes, que caracterizam os delírios e alucinações típicos desta doença. As pessoas com esquizofrenia tendem ao isolamento social, ficam com a afetividade comprometida, têm o pensamento desorganizado, confuso e pouca iniciativa para tomar atitudes e realizar atividades em geral.
É muito importante identificar precocemente estes sintomas para buscar tratamento psicológico e médico.
A boa notícia é que os tratamentos vêm avançando e atualmente as perspectivas para esses pacientes são muito positivas.
Um aspecto importante é que quanto antes o tratamento for instituído, melhor o resultado. De maneira que a pessoa pode, sim, se reintegrar às suas atividades com plenas condições de ter uma vida autônoma, funcional e produtiva. Iniciar o tratamento nos estágios iniciais é, portanto, essencial.
Como o tratamento é contínuo, a adesão ao mesmo é fundamental para que não haja recaídas por conta de abandono da medicação e da psicoterapia. Isso é muito importante, pois recaídas (crises sucessivas) prejudicam a capacidade de recuperação do cérebro, o que significa perda de função definitiva.
Assim, portadores de esquizofrenia podem, nos dias de hoje, ter uma vida funcional e com qualidade, exercendo suas atividades normalmente.
Isso é muito importante, pois há ainda muitos estigmas em relação às pessoas com esquizofrenia. Muitos ainda têm medo de estar perto deles e os enxergam como doentes mentais com potencial capacidade agressora, que nunca terão uma vida tranquila e próxima do normal. Nada disso! Graças ao progresso terapêutico, devemos olhar para as pessoas com esquizofrenia com outros olhos.