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Tive Coronavírus: posso voltar a encontrar as pessoas?

Com o passar dos dias, a grande maioria das pessoas que foram infectadas pelo novo Coronavírus, com diagnóstico confirmado pelo exame de PCR, ficaram curadas e querem reencontrar a família e amigos.

Por isso vêm as dúvidas:

– Quando a pessoa infectada pode sair do isolamento em casa?

A infecção pelo novo Coronavírus dura em média 14 dias. O primeiro dia deve ser o dia em que qualquer um dos sintomas mais comuns começaram como, por exemplo, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo ou febre.

A partir deste primeiro dia, contam-se 14 dias. A partir de então a pessoa teoricamente não deve mais estar contaminando e pode sair do isolamento em casa desde que estas duas condições aconteçam:

  1. Estar pelo menos há 72 horas sem febre, sem utilizar nenhuma medicação antitérmica;
  2. Apresentar melhora dos sintomas respiratórios.

– Quando é seguro reencontrar pessoas? Há risco de reinfecção?

Aí é que está um dos principais problemas. Não sabemos ainda se há ou não o risco de reinfecção. Por isso, as pessoas que tiveram o Coronavírus e que se curaram, DEVEM SEGUIR COM AS REGRAS DE USAR MÁSCARAS E MANTER O ISOLAMENTO SOCIAL, como todas as pessoas que não tiveram a infecção.

– E as pessoas que testaram positivo para anticorpos, podem deixar de usar máscaras e ter os mesmos cuidados de isolamento social?

NÃO, pois ainda não há bases científicas para dizer que quem tem anticorpos está definitivamente protegido.

Em resumo:

– Se você teve Coronavírus e se curou, aguarde 14 dias para sair do isolamento DESDE que esteja há 72 horas sem febre e sem sintomas respiratórios.

– Mesmo que você esteja curado e com a dosagem de anticorpos positiva, use máscara e mantenha a distância social pois não se sabe ainda quais os riscos de uma reinfecção. Ter anticorpos positivos não é garantia de imunidade duradoura. Ainda precisamos pesquisar mais sobre isso.

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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