O que é epilepsia?
Nosso cérebro é quem nos comanda. Determina todas as funções orgânicas, além do que pensamos, falamos, fazemos…tudo, enfim.
As células que compõem o cérebro são chamadas de neurônios e funcionam harmonicamente, comunicando-se entre si por meio de uma complexa rede de transmissão de impulsos nervosos.
Queremos dar um passo à frente, por exemplo. O cérebro ordena e, ato instantâneo, esta ordem é comunicada aos ossos, músculos e tendões e todo aparelho locomotor, em conjunto, a executa na perfeição.
No entanto algumas situações específicas como, por exemplo, determinadas doenças, inclusive as de origem genética, ferimentos na cabeça, certas drogas, trabalho de parto complicado ou infecções como meningite ou encefalite, podem desarmonizar e desorganizar o funcionamento cerebral, gerando “ordens” desconexas e, por vezes, com tamanha intensidade, como se colocassem o cérebro em uma espécie de “tempestade elétrica” . Resultado: estas ordens desconexas geram crises epilépticas, que podem se expressar na forma de uma crise convulsiva.
A crise convulsiva clássica, que se caracteriza pela perda dos sentidos, salivação, batimentos de mãos e pés, liberação de esfíncteres e movimentos oculares é uma forma de expressão da epilepsia. Há no entanto, outras formas pelas quais a epilepsia se manifesta. Pode ser uma crise de ausência, por exemplo. A pessoa acometida fica parada, sem se mexer, como que se estivesse “desligada” momentaneamente do mundo. Depois recupera-se e não se lembra de nada.
Considera-se epilepsia quando há recorrência espontânea do episódio, em um espaço de tempo inferior a 24 horas.
Importante saber que a epilepsia pode ser totalmente controlada com medicações.
Devemos sempre ajudar pessoas que estão em crise epiléptica. Mantenha a calma, cuide para que as pessoas não se machuquem, protejam a cabeça, deixem os movimentos livres, não adianta tentar contê-los, e espere passar. Uma crise dura alguns minutos, em média. Quando acabar, entenda que é normal a pessoa ficar sonolenta e um pouco confusa.
A epilepsia não é contagiosa. O preconceito contra os epilépticos é que pode ser.