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Quais órgãos ou tecidos eu posso doar?

Nosso organismo é mesmo uma máquina perfeita! Nossos órgãos e sistemas funcionam em total harmonia mas podem ser independentes um do outro! Por isso, quando ocorre alguma fatalidade, como um acidente que leva à morte cerebral, por exemplo, vários órgãos e tecidos permanecem viáveis e podem ser doados. A vida de pessoas que aguardam na fila de espera depende deste ato de solidariedade. A doação significa uma chance de renascimento para alguém que convive com uma doença incurável. Órgãos e tecidos doados ganham vida e doam esta vida a muitas pessoas.

Só quem está em morte cerebral pode doar órgãos e tecidos?

Não. Pessoas saudáveis também podem doar para amigos ou parentes, em situações especiais. Além da compatibilidade total com o receptor, o doador precisa passar por uma intensa triagem médica, física e psicológica. Em vida, podemos doar o rim, parte do fígado ou do pulmão, medula óssea e pele.

Quais órgãos ou tecidos podem ser doados quando ocorre a morte cerebral?

Há todo um protocolo que deve ser seguido à risca para a doação. Em primeiro lugar, a pessoa deve manifestar seu desejo em vida para a família. Não é preciso deixar por escrito. Basta deixar claro para a família o desejo de doar. Constatada a morte encefálica, a família autoriza a doação. Morte encefálica significa que o cérebro nunca mais vai voltar a funcionar e a parada cardíaca será inevitável.

A equipe médica então aciona a central de transplantes das secretarias estaduais de saúde. Só elas é que possuem o cadastro completo das pessoas na fila. Os primeiros pacientes compatíveis com o doador são chamados. Podem ser doados: rins, pâncreas, pulmões, fígado, coração, valvas cardíacas, pele, córnea, medula óssea, ossos e sangue!

A hora de muita tristeza para alguns pode significar vida e renascimento para muitos. A solidariedade humana pode ser a melhor e mais rica herança! Doe seus órgãos! Doe vida!

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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