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O que você faz quando seu filho conta uma mentira?

Imagine a cena: você vai na casa de uma tia muito querida almoçar. Ela preparou um prato com o maior carinho para você. Mas…na primeira garfada você percebe que tem um tempero de que você não gosta muito. Por educação, come tudo e no final ouve a pergunta difícil de sua tia:

– “Gostou? Estava bom? Fiquei a semana inteira pensando em como te agradar!”

O quê você responde?

Muito provavelmente que gostou, não é mesmo? Muitos colocarão a emoção e o desejo maior de não magoar uma tia querida acima da verdade. Tudo certo.

Mas…E se o seu filho pequeno, e inteligente o suficiente para  saber que você não gosta daquele tempero, estiver por perto? Você “mentiria” na frente dele?

Difícil…Ocorre que  a vida, muitas vezes, nos coloca nestas “armadilhas”.

Fato é que devemos ensinar aos nossos filhos valores importantes. O que realmente conta para o nosso crescimento enquanto pessoas: a busca e a defesa da verdade, a solidariedade, o sentimento de compaixão, entre tantos, e principalmente o respeito a todos os seres humanos, independentemente da etnia, crenças religiosas, orientação sexual, status social, econômico ou  cultural.

Quando as crianças crescem com estes valores, tenham a certeza de que serão capazes de entender que não se deve mentir. Nunca. Devemos sempre optar pela verdade e assumir as consequências de nossos atos. Isso é o que devemos ensinar aos nossos pequenos. Por isso, se você “pegar” seu filho em uma mentira, deixe claro que este não é o melhor caminho para seguir.

Mas um ensinamento específico também é essencial, sutil, leve e muito importante: quando determinadas palavras podem ferir ou magoar demais outras pessoas, melhor não dizê-las. Especialmente se quando o ato de expressar a realidade não trás nenhuma outra consequência a não ser a de ferir sinceros sentimentos alheios.

Isto também deve ser ensinado às crianças

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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