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A partir de qual idade posso deixar meu filho “brincar” com eletrônicos nos celulares, tablets e/ou computadores?

O mundo de hoje é todo eletrônico. Difícil pensarmos em passar um só dia sem celular ou sem TV, por exemplo, não é mesmo? Os filhos, desde pequenos, observam os pais digitando, conversando, falando e se também se divertindo nos aparelhinhos.

Quando os pais mostram a telinha colorida para os filhos, os pequenos ficam como que “hipnotizados” com tantas cores e sons. Músicas e uma série de “personagens” passam a fazer parte do universo infantil desde cedo.

Os pais usam o celular frequentemente. Os filhos veem. Aprenderam que é legal e quando pedem, os pais proíbem. E agora?

Difícil e aparentemente contraditório para as crianças, não é mesmo?

Vamos lá: os eletrônicos já fazem e farão parte da vida das crianças, como fazem parte da nossa. Não se trata, portanto, de simplesmente proibir seu uso. Há que ensina-los usar. Isso significa que os eletrônicos, para as crianças com mais de 2 anos, podem e devem ser utilizados, SEMPRE COM SUPERVISÃO DOS PAIS, para brincar um pouquinho ou para ver um filminho, por apenas alguns minutos ao longo do dia.

Não há, para crianças pequenas, ao redor de 3 anos, um tempo definido. Mas o bom senso indica que eles podem “brincar” ou se divertir não mais do que  15 minutos por dia, sendo altamente recomendável “pular” alguns dias.

Importante lembrar que os brinquedos tradicionais estimulam MUITO mais a imaginação e muitas brincadeiras ao ar livre fazem os pequenos correr, pular e mexer o corpo gastando energia e – mais que tudo- conferindo a eles uma aptidão física mais apurada.

Por isso, não precisamos “proibir” eletrônicos. Mas precisamos, sim, ensinar nossos filhos a utiliza-los. E precisamos, principalmente, saber limitar o uso destes aparelhinhos “mágicos” na vida das crianças. E na nossa também, não é mesmo?

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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