A fibrose pulmonar idiopática tem tratamento?
A FPI, ou Fibrose Pulmonar Idiopática, é uma doença rara, que acomete adultos principalmente acima de 50 anos, e que deve ser reconhecida precocemente para que o tratamento seja instituído o mais rápido possível, uma vez que estudos apontam que esta doença é progressiva, não tem cura e pode comprometer e limitar muito a qualidade de vida dos pacientes acometidos.
Sem uma causa definida, os pulmões vão se tornando cada vez mais fibrosos, isto é, cada vez mais “duros”, com menor elasticidade e capacidade de encher e esvaziar, dificultando a oxigenação do organismo. Como se o pulmão ficasse com “cicatrizes”.
A tosse seca e prolongada é um dos sinais que chamam a atenção, acompanhada de fadiga, cansaço aos esforços, falta de ar e possível alargamento dos dedos das mãos. Estes sinais devem chamar a atenção do médico que deve pedir uma tomografia computadorizada de tórax e, se julgar necessário, uma biópsia pulmonar para confirmar o diagnóstico.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento deve ser instituído o mais rapidamente possível.
Importante saber que não há cura para a FPI.
Recentemente, o tratamento atualmente utilizado no mundo foi liberado pela Anvisa no Brasil. O medicamento busca diminuir a progressão rápida da doença em até 50%. Isso significa que, apesar de não oferecer a cura, o tratamento diminui pela metade a rapidez da formação de novas “cicatrizes” nos pulmões, preservando a sua parte mais sadia.
Com isso, busca-se dar ao paciente a melhor e mais longa qualidade de vida possível, diminuindo ao máximo as limitações que incapacitam a execução das atividades normais do dia a dia.
A informação em saúde pode, sim, prolongar a vida com qualidade.