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Meu bebê está sentado. E se ele não virar?

Quando o médico diz que o bebê está pélvico, está simplesmente dizendo que ele está sentado dentro do útero. Isso mesmo. Cabeça para cima, bumbum para baixo. Isso significa que o bumbum, ou ocasionalmente os pés serão a primeira parte a nascer.

Ao longo da gravidez, descobrimos que a posição “certa” para o bebê ficar dentro do útero é de cabeça para baixo. Isso necessariamente faz com que a cabeça saia antes. Isso é o que chamamos de “apresentação cefálica”.

Mas… e se o seu bebê estiver sentado? Importante saber que durante toda a gravidez o bebê se mexe bastante dentro da barriga. Muda de posição com muita frequência. A posição que o ultrassom aponta é aquela em que o bebê está no momento de realização do exame.

No terceiro trimestre, em geral, os bebês vão fazer a cambalhota. Sozinhos, sem nenhuma ajuda. Isso mesmo. Viram-se e se posicionam com a cabeça para baixo. Aprontam-se para a “saída”. Vejam só que interessante: com 37 semanas de gestação, 97% dos bebês já estão de cabeça para baixo. Apenas 3% deles vão continuar sentados. Isso acontece naturalmente!

A cambalhota, entretanto, deve acontecer até a 36a semana. Depois disso, o bebê cresce e fica mais difícil. A restrição de movimento imposta pelo útero maior torna pouco provável, portanto, que a cambalhota aconteça.

E qual o problema de o bebê estar sentado, ou pélvico? O problema é que quando o bebê está sentado há recomendação de parto cesárea, já que os estudos mostram que há um risco de 3% de dificuldades com variados graus de complexidade, se for feito parto normal. Isso não é baixo, em se tratando da saúde e bem-estar do bebê e da futura mamãe.

Meu bebê não virou e já passei da 34a semana. Há algo que eu possa fazer?

Sim, nestes casos é possível tentar uma versão cefálica externa, manobra em que o médico, com ajuda do ultrassom, manipula a barriga da mãe para ajudar o bebê a fazer a cambalhota. No Brasil, no entanto, poucos médicos a realizam, já que o parto cesáreo parece ser a preferência nacional.

Também é possível tentar estimular a cambalhota com métodos alternativos como acupuntura, mocha ou posições da yoga. Mas há, claro, controvérsias quanto a sua efetividade.

Muita calma. Vamos aguardar a “cambalhota” do seu bebê ao redor da 34a semana!

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NUNCA SE AUTOMEDIQUE. PROCURE SEMPRE SEU MÉDICO.
Publicado por Dra Adriana Grandesso Pompeo de Camargo.
Doutora Adriana Grandesso Pompeo de Camargo (CRM 115.771-SP) é médica graduada pela Unicamp. Obteve Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em 2007, pela Unicamp.

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