Quando se preocupar com a tosse?
Diz-se que não há nada mais lindo do que os dias de maio e as noites de junho. O clima mais frio melhora as noites de sono e convida às refeições e roupas mais quentinhas. Tudo isso é muito bom. No entanto, uma outra personagem não muito bem vinda passa a fazer parte, com frequência, do cenário outonal: a tosse.
A tosse pode ser provocada por várias causas. Dentre as mais comuns destacam-se a tosse alérgica, que em geral é seca, sem secreção, irritativa, constante e a tosse produtiva, com catarro, que surge em decorrência do aumento de secreção nas vias respiratórias.
Importante saber que a tosse, seja alérgica ou produtiva, é sempre o sintoma de algum outro processo patológico concomitante que a gerou. Isso quer dizer, portanto, que a tosse é sempre a consequência e não exatamente a causa de uma processo.
Por isso é que para “cortar” de uma vez a tosse, há que se focar na sua causa de base. Não obstante, a tosse é sempre um sintoma que incomoda. Impede as atividades e o sono tranquilo das crianças, dos adultos e de quem estiver por perto da pessoa que tosse muito.
E quando nos devemos preocupar com a tosse? Veja as dicas:
1. Fique atento aos sintomas concomitantes. Se a tosse vier acompanhada de febre, dificuldade para respirar, cansaço, dores pelo corpo ou náuseas procure o seu médico ou vá a um Pronto Socorro para ser examinado.
2. Observe o horário em que a tosse se intensifica. Há tosses que são predominantes ao longo do dia e outras que incidem mais à noite. Há também as que persistem dia e noite! Esta informação é muito importante para o médico, pois pode orientar o diagnóstico. A tosse da sinusite, por exemplo, acontece com mais frequência à noite, algum tempo depois que a pessoa se deita. A tosse de uma pneumonia acontece dia e noite. A tosse da asma ou da bronquite também acontecem dia e noite e em geral pioram com a atividade física. A tosse da laringite espasmódica acontece mais à noite, e por incrível que pareça melhora quando a criança respira um ar mais frio.
3. Fique atento à duração da tosse. Nos processos agudos, a tosse em geral melhora em 7 a 14 dias. Se estiver constante e durando mais de 10 dias, vale uma consulta com o médico para avaliar. A tosse do refluxo, por exemplo, pode durar semanas.
4. Observe o estado geral de quem está com tosse. Se o adulto ou criança estiverem com tosse e em ótimo estado de ânimo, sem que suas atividades de rotina estejam prejudicadas, atividades físicas incluídas, é um bom sinal. Se durar muito tempo, isto é, mais de 14 dias, recomenda-se conversar com o médico.
Para os vários tipos e causas de tosse existe um tratamento específico. Mas o melhor de tudo, neste e em todos os outonos, é prevenir a tosse e as doenças que a causam. Para tanto, converse com seu médico. A alopatia e a homeopatia podem ajudar bastante para que você aproveite seu outono com tudo de bom que ele pode te oferecer. Sem tosse.