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Quantos quilos posso ganhar na gestação?

Sabemos que o organismo de todas vocês, futuras mamães, está se transformando. Isso significa, entre tantas coisas, que novas estruturas essenciais para a vida do bebê vão se formando. Mais que isso: vão crescendo e se desenvolvendo. Vamos parar um minuto e pensar em alguns exemplos: a placenta, que se forma, cresce  e passa a ser uma estrutura essencial para a mãe e o seu filho, bem como o cordão umbilical, ou o útero que se avoluma, o próprio bebê, que ao final da gestação deve estar pesando mais ou menos 3 quilos, o líquido amniótico que o envolve…enfim…muitas “novidades” surgem dentro do seu corpo. E tudo isso tem um peso específico. Por isso cabe a pergunta: quantos quilos as gestantes podem ganhar? Vamos entender.

Até a 14a semana de gestação:  enjoos e vômitos podem acontecer. Quem vomita mais perde mais peso. Quem vomita menos, perde menos ou até ganha um pouco. Por isso é normal perder até 3 kg neste período, manter o peso ou ganhar no máximo 2 kg. Tudo certo.

Da 14a semana em diante: todas vocês devem começar a ganhar uma média de 400g por semana (quase meio quilo, portanto) de forma que até o nascimento do bebê o ganho de peso seja de mais ou menos 12 a 13 Kg.

Porém, cabem algumas ressalvas individuais. O seu índice de massa corpórea deve ser observado no início da gestação, relação peso divido por altura² (IMC). Veja se você se encaixa em alguma delas:

– Iniciou a gestação muito magra (IMC <18)? Então o seu ganho de peso recomendado pode ser de 12,5 até 18 kg.

– Se você engravidou com peso normal (IMC 18-25), vale a regra acima: você pode ganhar de 11,5 a 16 kg, no máximo.

– Quem começou a gestação com sobrepeso (IMC 25-30), deve ganhar um pouco menos: de 7 a 11,5 kg.

– Quem já ficou grávida com o peso mais alto, dentro do padrão que se considera obesidade (IMC>30), pode ganhar só 7 kg.

Alimente-se bem, mas cuide para que seu peso não suba além do que precisa. O ganho excessivo de peso na gestação pode trazer problemas futuros para a sua saúde como obesidade, diabetes e doenças do coração. Não é bom nem para você, nem para o bebê.

Publicado por Dra Adriana Grandesso Pompeo de Camargo.
Doutora Adriana Grandesso Pompeo de Camargo (CRM 115.771-SP) é médica graduada pela Unicamp. Obteve Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em 2007, pela Unicamp.

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