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Meu filho pode brincar no Ipad, celular, computador ou ver televisão antes dos dois anos de idade?   

O uso de TVs, tablets, computadores, jogos eletrônicos ou vídeo games faz e fará parte da vida do seu filho. Essa é a realidade dos nossos tempos e não dá para não enxergar isso com clareza. Por isso, não devemos proibir. Devemos, isso sim, ensinar as crianças a usarem estes eletrônicos e, mais que tudo, dar os limites necessários.

As crianças gostam de regras. Precisam delas, na verdade. As regras os deixam seguros pois sabem o que se pode e o que não se pode fazer. Defina as regras da família e as cumpra regularmente.

Seus filhos agora estão com a idade ao redor de 1 ano. Portanto, são pequenos ainda para “brincar” com esses aparelhos sozinhos. Vocês podem, claro, mostrar-lhes desenhos e jogos com cores, como se fosse um brinquedo e sempre com a supervisão de vocês e por um curto período de tempo.

Hoje se sabe que estes equipamentos estimulam determinadas áreas do cérebro. No entanto, é saudável estimular por um limite de tempo. O ideal é que não ultrapasse de 1 hora por dia para crianças de 2 a 5 anos de idade e 2 horas para os mais velhos. Se possível, este tempo deve ser fracionado, em etapas de 20 ou 30 minutos. Isto inclui o tempo dedicado a ver televisão.

Seus filhos só estarão mais preparados para estes eletrônicos, portanto, depois dos 2 anos de idade. A melhor opção para esta fase, claro, são atividades lúdicas que envolvam brincadeiras ao ar livre e que façam os pequenos gastar sua infinita energia. Brinquedos tradicionais estimulam a imaginação das crianças. Isso é essencial para a vida. A leitura na hora de dormir é também sempre uma boa e preciosa dica.

Os eletrônicos não devem ser excluídos da vida dos seus filhos nem proibidos. Mas, como tudo, devem ser utilizados na hora e pelo tempo certos. Sem exageros. Nem para um lado, nem para o outro.

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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