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Qual é o melhor método anticoncepcional?

Não existe “o melhor” método anticoncepcional. Como somos diferentes, para cada mulher pode haver um método anticoncepcional mais apropriado. Por isso vamos entender as vantagens e desvantagens dos métodos mais comuns. Depois, converse com seu médico e com seu parceiro (se tiver um) e escolha o mais eficiente e confortável.

Preservativos masculino e feminino: Também conhecidos como camisinhas. A masculina, todos conhecem. Já a feminina é novidade para muita gente. Ela é composta por dois anéis: um que fica no fundo da vagina e outro que fica do lado de fora. Por isso, muitas mulheres a consideram antiestética.

Vantagens: são métodos de barreira e, portanto, protegem contra doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, gonorreia ou sífilis, por exemplo. Tem uma eficácia média de 96%. São baratas e não interferem com os hormônios.

Desvantagens: muitos homens não gostam de usar, acham desconfortáveis e não as colocam direito, deixando uma parte vazia, na ponta, sem ar para que o esperma fique lá. Se isto acontecer, a camisinha pode estourar.

DICAS: nunca use duas camisinhas de uma vez porque pode estourar mais facilmente. Nunca use camisinhas feminina e masculina juntas.

Pílulas orais: compostas pelos hormônios estrógeno e progesterona, impedem a ovulação e tem mais de 99% de eficácia. Devem ser tomadas todos os dias, de preferência no mesmo horário.

Vantagens: alta eficácia, praticidade.

Desvantagens: algumas mulheres ficam enjoadas, sentem tonturas e tem outros tipos de desconforto. A pílula não protege contras as doenças sexualmente transmissíveis.

DICA: se você está amamentando, existe uma pílula à base de progesterona, sem estrógeno, que você pode tomar a partir de seis semanas após o parto.

OUTRA DICA: se você esquecer de tomar a pílula UM dia, procure tomar assim que você lembrar e depois siga com o horário habitual.Coloque na sua rotina para NUNCA esquecer.

Dispositivo Intrauterino (DIU): É um pequeno objeto, que pode ter a forma de um “T” e que é introduzido pela vagina ficando dentro do útero. Sua função é impedir a passagem dos espermatozoides para as tubas uterinas, onde geralmente ocorre a fecundação.

Existem dois tipos de DIU: com hormônio, que funciona também como uma pílula, e sem hormônio, que atua apenas como barreira.

Vantagens: tem uma eficácia alta, de 99,6% e pode durar de 3 a 10 anos.

Desvantagens: precisa ser introduzido pelo médico e pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Diafragma: é uma espécie de “tampa” que a mulher pode colocar na vagina, próximo ao colo do útero um pouco antes da relação sexual. É um método de barreira, que impede a entrada dos espermatozoides. Mas para ter uma eficácia maior, deve ser utilizado com uma pomada espermicida, isto é, um produto que “mata” os espermatozoides.

Vantagens: Não interfere nos hormônios, pode ser lavado com água e sabão após o uso e ser reutilizado. O diafragma pode durar dois anos.

Desvantagens: deve ser removido somente seis horas após a ejaculação do homem, para garantir que todos os espermatozoides já tenham morrido. Tem uma eficácia de 80%. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Pílula do Dia Seguinte: como o nome já diz, deve ser utilizada no dia seguinte, APENAS em caso de emergência como, por exemplo, a camisinha furou. É composta por altas doses de hormônios, com o objetivo de retardar a ovulação. IMPORTANTE: essa pílula não deve ser utilizada como método de rotina. Serve apenas como emergência. Seu uso frequente pode desregular o ciclo menstrual. São duas pílulas, que devem ser tomadas com intervalo de 12 horas e no máximo até 4 dias após a relação sexual . NÃO tem efeito em relações futuras. Não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.

Estes são os métodos mais comuns. Observe que o único que efetivamente protege contra doenças sexualmente transmissíveis é a camisinha. Por isso, se você não conhece ou não tem certeza sobre o estado de saúde do seu parceiro, use sempre camisinha, independentemente de estar utilizando também outro método.

Cuide-se e seja feliz!

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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