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Crianças de 2 anos podem escolher o que querem?

Os filhos  vão crescendo…crescendo…e  de repente começam a expressar suas vontades próprias. “Quero” ou “não quero” são palavras que passam a fazer parte do cotidiano infantil. Isso é muito bom. Poder expressar o que se deseja neste mundo é um grande passo.

No entanto…os “pequenos” de 2 anos continuam “pequenos” e em alguns assuntos importantes não se pode dar-lhes autonomia de decisão. Há que os ouvir e entender, claro, e respeitar suas vontades, mas dentro de alguns limites do sensato, do bom senso, da segurança e das necessidades vitais. E estes limites são naturalmente definidos pelos pais e cuidadores. Vamos a alguns exemplos:

“Não quero essa roupa”. Desde que a “exigência” não seja colocar uma roupa de frio num dia de extremo calor ou vice versa, essa é uma demanda que pode ser respeitada. A saída pode ser colocar 3 possibilidades viáveis e pedir que seu filho escolha: “qual destas 3 você quer?”

“Não quero comer comida. Quero leite”. A alimentação das crianças tem que seguir determinadas “regras”, posto que dela depende um crescimento saudável. Por isso, as regras devem ficar claras desde cedo. Come-se o que se deve comer em determinado horário e ponto final. Hora do almoço é hora do almoço e o que se deve comer é…comida! Não é fácil, mas quando os próprios pais e cuidadores seguem as regras à risca, os pequenos que as tentam “desafiar” vão entendendo que a vida tem limites e que os devemos respeitar. Isso é educar.

“Não quero tomar banho”; “não quero escovar os dentes”; “quero chocolate agora”…todas as vontades devem ser discutidas e negociadas de  acordo com  as regras da família que ajudam a estabelecer os “protocolos” que devem ser seguidos.

Por isso, a dica para quem filhos questionadores e desafiadores é definir bem as regras e segui-las com tranquilidade. Assim é vida que começa para estes “pequenos” se tornarem “grandes” pessoas.

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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