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Barulho demais faz mal à saúde?

Sim. Além de danos irreparáveis para o aparelhou auditivo muito barulho, ruído ou som alto demais pode causar até problemas de coração.

Entenda: o nível de ruídos é medido em decibéis. Para que vocês tenham uma ideia do que isto significa, uma conversa normal, em uma sala silenciosa, tem mais ou menos 50-60 decibéis. Uma avenida movimentada tem 85 decibéis. Vamos aumentando: um show de rock, a 2 metros da caixa de som, por exemplo, tem a mesma medida que uma furadeira: mais ou menos 110 decibéis. E a turbina de um avião a jato? Nossa! Essa tem 140 decibéis. E agora preste atenção: sabe quantos decibéis tem um tocador de MP-3 no volume máximo? 120 decibéis. Um pouco menos que a turbina de um avião. Impressionante, não é mesmo?

E o que isso significa para a saúde?

Significa que uma pessoa exposta a 8 horas por dia, todo dia, a um som de 85 decibéis, pode ter perda progressiva da audição. E quanto mais alto o som, menor deve ser o tempo de exposição. Isto porque as células que conduzem o som no aparelho auditivo uma vez danificadas não se recuperam nunca mais. A pessoa vai ouvindo cada vez menos. E o que o coração tem a ver com isto? O som muito alto provoca a liberação de adrenalina, que aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial em muitas pessoas.

Por isso há que se ter muito cuidado com o volume dos fones de ouvido. O ideal é colocar na metade do volume, o que dá mais ou menos uma intensidade de 60 decibéis. Procure não ficar muito tempo com fones nos ouvidos. O recomendável é no máximo 1 hora. Seus ouvidos também precisam descansar!

Os sinais de alerta da perda auditiva são: zumbido, sensação de ouvido tapado, irritabilidade e dores de cabeça. Se você tem estes sintomas procure um médico otorrinolaringologista.

Para que você continue ouvindo música a vida inteira, comece agora: diminua o volume!

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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