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Quem suporta melhor a dor, os homens ou as mulheres?

Uma vez por mês, durante boa parte da vida, as mulheres menstruam. E com a menstruação é comum virem as dores… de cabeça, cólica e uma indisposição generalizada para executar as tarefas do dia a dia. Todo dia, durante quatro até sete dias! Não é fácil. E a dor do parto? Quem já passou, sabe!

Já a relação dos homens com a dor é bem diferente. A dor é sempre a exceção. Nunca a regra. É um importante sinal de alarme. Algo está “errado” e precisa ser diagnosticado para ser tratado corretamente.

A dor tem dois componentes principais: o físico e o psicoemocional. O físico é decorrente da quebra do equilíbrio natural do organismo. É como se o corpo dissesse, “pare, cuide e espere” — é preciso um tempo para se recuperar! Por exemplo, quando levamos um tombo e torcemos o pé, a dor impede a movimentação. Isto é essencial para proteger os tecidos lesados e evitar um dano ainda maior. Mas a dor também gera uma resposta emocional.

As vias nervosas que conduzem os estímulos de dor, ativam também regiões do cérebro responsáveis pelas emoções. E isto pode variar de pessoa para pessoa ou de cultura para cultura. Por isso a tolerância à dor varia muito. Há os mais sensíveis e até “escandalosos” e do outro lado, os mais contidos.

Homens e mulheres tem limiares diferentes para dor. Isso significa que a mesma intensidade de dor pode ser “sentida” de forma diferente em homens e mulheres.

Como as mulheres tem uma convivência quase “mensal” com a dor, poderíamos supor que elas deveriam tolerar mais a dor que os homens. Mas não é isto que os estudos demonstram. Ao contrário, os homens suportam melhor a dor que as mulheres!!! Eles têm um limiar mais alto enquanto as mulheres são mais sensíveis e a percebem com mais intensidade. Mas nada a ver ficar competindo, não é mesmo?

Seja para homens, seja para mulheres, fica a dica: qualquer dor é um sinal de alerta! Investigue a causa e viva tranquilo!

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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