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Enxergando o mundo sob a perspectiva do bebê: do quê ele mais precisa?

O pequeno bebê, por nove meses,  cresce e se desenvolve numa caverninha acolhedora, quentinha e protegido de todos os incômodos. Não há fome, não há frio. Tudo é conforto e completude. É alimentado de maneira contínua pelo cordão umbilical. De repente, nasce!

Pela primeira vez vê a luz, sente frio, e tem contato com roupas roçando na sua pele. Sente a gravidade e não há mais aquelas paredes arredondadas que lhe davam contorno e contenção, que o mantinham num abraço contínuo e quentinho. Do quê precisa esse bebê que acabou de chegar, para que possa se desenvolver, tornar-se  a melhor pessoa possível, ser feliz e  empática ao mundo?

Hoje sabemos que o adulto que seu filho vai ser começa dentro da barriga. Do nascimento aos 3 anos aprenderá muito: sentar, engatinhar, andar, falar e conversar com você. Está formando seu “hardware”, a base na qual todos os seus “programas” vão rodar no futuro. O que determina a melhor base possível? Os estudos mostram que a melhor base ocorrerá quanto mais suave for sua aterrissagem nesse mundo.

Passar do conforto intenso do ambiente intrauterino não é nada fácil. Para que essa “passagem” seja mais tranquila, o ingrediente fundamental durante os primeiros meses de vida do bebê tem um  nome:  ACOLHIMENTO.

Aconchegue o bebê, converse, cante, massageie, brinque muito com ele. Muito importante também é a rotina de vida, a alimentação, o sono, tudo no seu ritmo  e repetição cotidiana. Eles não precisam de roupas lindas, carrinho caro, berço de príncipe (ou de princesa), passeios interessantes. Para eles, cada variação na voz da mãe, cada canto de passarinho é um estímulo novo que será processado.

Os 3 primeiros meses de vida devem ser encarados como uma continuação da gravidez. Na medida do possível, é desejável ACOLHER as necessidades do bebê.

Simples assim.

Publicado por Dra Adriana Grandesso Pompeo de Camargo.
Doutora Adriana Grandesso Pompeo de Camargo (CRM 115.771-SP) é médica graduada pela Unicamp. Obteve Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em 2007, pela Unicamp.

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