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Jogos eletrônicos estimulam ou atrapalham o desenvolvimento infantil?

Observe crianças brincando. Quando estão ao ar livre correm, pulam, saltam, rolam no chão, sobem em tudo o que for possível e… se divertem. Gastam energia. Movimentam-se incansavelmente e isso é essencial para o crescimento. Tudo certo.

No entanto, muitas crianças são “apresentadas” aos eletrônicos muito cedo. Não dá outra: os olhinhos ficam hipnotizados, grudados numa telinha colorida com movimentos rápidos, jogos de todos os tipos, desafios, armas, carros, aviões, super-heróis e bandidos, que seguem o comando dos dois dedos polegares dos pequenos em uma velocidade absolutamente inalcançável por aqueles que não treinaram assiduamente.

Pais, avós e especialistas olham este cenário com uma certa perplexidade e a pergunta é inevitável: será que isso faz bem para meu filho (a), para a sua infância?

Não adianta fugir. Os eletrônicos farão parte da vida das crianças e futuros adultos. O que podemos, de fato, fazer, é ENSINAR os pequenos a utilizarem os eletrônicos com moderação e respeitando algumas regras básicas.

Vamos lá.

Em primeiro lugar, compre jogos e eletrônicos para seu filho apenas em ocasiões especiais. Nada de ficar comprando novidades e lançamentos sem motivos.

Segundo: certifique-se de que o jogo é adequado para a idade. Isso é muito importante.

Terceiro: evite que seu filho se isole no quarto para jogar. Faça com que o espaço de jogo seja um ambiente comum como a sala, por exemplo.

Quarto: defina horários específicos para o jogo eletrônico. De preferência quando pais ou cuidadores estiverem em casa, por perto, olhando ou até mesmo participando. Evitem, a todo custo, jogos na hora das refeições. Este é um espaço “de ouro” para a família conversar.

Não adianta evitar. O melhor é ensinar seu filho(a) a viver com os eletrônicos sem, claro, abrir mão das outras formas de brincar “como nos velhos e bons tempos”.

 

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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