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Carnaval faz bem para a saúde psíquica?

Repare bem nas pessoas que estão se divertindo no carnaval. Nos blocos de rua, nas festas, na rua, na avenida, na arquibancada, com ou sem fantasia. Estão lá porque querem. Mais que isso. Estão lá porque gostam. E o que move o carnaval é a alegria, o riso, a gargalhada, a brincadeira, o humor, a música, o alto astral. Além disso, o carnaval também nos faz dançar, andar, pular, brincar. Nos exercitamos o tempo todo.

Quais efeitos será que este estado de ânimo físico e de espírito geram no nosso corpo?

O exercício físico e o riso são, individualmente, terapêuticos. Imaginem quando estão juntos, simultâneos, como ocorre no carnaval. Quando estamos alegres e damos uma risada sincera, aberta, gostosa, contraímos os músculos da face. Alegria, risada solta e exercícios promovem a liberação das endorfinas, que são os neurotransmissores que nos dão uma incrível sensação de bem estar física e mental.

As endorfinas exercem importantes ações no organismo. Fortalecem o sistema imunológico, nos deixando mais protegidos contra infecções e – muito importante- tem efeitos positivos na saúde cardiovascular. Ajudam a abaixar os níveis da pressão arterial e contribuem para diminuir as possibilidades de infartos, anginas ou derrames.

Na área psíquica os efeitos são evidentes. As endorfinas levantam o astral, aumentam a autoestima e o bom humor e diminuem a irritabilidade, a impaciência, a tensão, a rigidez de atitudes, a ansiedade e o mau humor.

E tudo gira em um ciclo: quanto mais exercício, alegria e bom humor, mais endorfina. Por isso o carnaval faz bem para o corpo e, principalmente, para a alma.

Mas para que tudo isso ocorra, tem que gostar de carnaval. Com o coração. Se você não gosta, não se preocupe. Com certeza você encontra outros meios de descansar a alma e o corpo.

Cada um tem o seu próprio jeito de ser feliz. O importante é descobrir qual é o seu!

Publicado por Dra. Ana Escobar
Dra. Ana Escobar (CRM 48084 | RQE 88268) é médica pediatra formada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), pela qual também obteve Doutorado e Livre Docência no Departamento de Pediatria.

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